Performance concebida para registro por 2 câmeras em formato 'Live Cinema' para apresentação simultânea em três telas.
Obra executada pela 2ª vez por
Fábio Purper (SM, Brasil),
Tamiris Vaz (SM, Brasil)
& por mim.
Proposta contempla a ação de um grupo de três pessoas interligadas por elásticos. Vestem roupas especialmente confeccionadas com anéis no peito e nos braços, e bolsões nas pernas que contém materiais a serem usadas na performance, como elásticos e tecidos.
A performance pode ser feita tanto pelo idealizador e seus convidados quanto por outros artistas participantes dos eventos onde a obra será performada. Entende-se que a performance apresenta algumas regras, ou restrições, dentro de um modelo de ação. Neste sentido pode-se pensar os participantes como artistas-jogadores... Abre-se para a possibilidade de ser totalmente transformada não somente pelo uso de materiais diferentes (substituindo os elásticos por outros materiais) como pelos espaços diferentes, e sem participação ou intervenção do idealizador.
A performance começa quando participantes 1 & 3 definem o nível de interligação e elasticidade interconectando o corpo-coletivo. Podem passar os elásticos por todos os anéis na roupa, ou apenas alguns anéis, deixando alguns anéis livres para outros usos eventuais.
1----2----3
1----------------2----------------3
1-------2--------3
(Exemplos de níveis de elasticidade do corpo-coletivo)
Todos passeiam pela cidade fazendo intervenções com seus elásticos (a principio, preto para o Emoldurar 1 e branco para o Emoldurador 3), mas precisam negociar o fato das mãos e braços estarem ligadas um ao outro pelos elásticos. A performance visa testar os limites físicos, criativos e emocionais dos artistas-jogadores, enquanto procuram agir como um corpo-coletivo.
Para efeitos da obra final/registro da obra ‘Enquadrados’, Emolduradores 1 e 3 são filmados separadamente por 2 câmeras seguindo a performance. Assim, a performance é apresentada em 3 telas.
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Though humans cannot know themselves knowing, cannot be the object and the subject of knowing in the same instant, this work proposes to show the mediator (spectator) as subject and object of seeing and being seen in the same instant.
The work burdens and saddles the artists with duties that can be onerous. It encodes a social order, presumes an inequality between the parts, even exploitation: however, the tools offered are enough to transform this disenchantment into enlightenment and emancipation. Operating with both in hand, enchantment and disenchantment...
Plato drew an opposition between the poetic and democratic community of theater and a "true" community: a choreographic community in which no one remains a motionless spectator, in which everyone moves according to a communitarian rhythm determined by mathematical proportion. "theater remains the only place of direct confrontation of the audience with itself as a collective."
RANCIERE: O Espectador/Participante
I am speaking of a whole set of relations, resting on some key equivalences and some key oppositions; the equivalence of theater and community, of seeing and passivity, of externality and separation, of mediation and simulacrum; the opposition of collective and individual, image and living reality, activity and passivity, self-possession and alienation.
...those who act, those who work with their bodies, are obviously inferior to those who are able to look - that is, who can contemplate ideas, foresee the future, or take a global viw of our world. the positions can be switched, but the structure remains the same. what counts, in fact, is only the statement of opposition between two categories: There is one population that cannot do what the other population does. There is capacity on one side and incapacity on the other.
STILLS & FRAMES